domingo, 25 de agosto de 2013

Espelho, espelho tonto

Espelho, espelho meu... Não sejas tonto, meu caro!
O que você vê não sou eu, é só parte do que te mostro. É imagem frouxa e imprecisa que não captas, não interpretas, nem digeres.

Não sou apenas esse sorriso que me fitastes que, por descuido meu, registrastes. Não! 
Sou também um músculo no peito que descompassa, pele que arrepia, lágrimas que escapam. 
Tenho dor nas costas, frio na barriga e palavras que faltam. Carrego pesos, mas compenso com algodão doce e sorvete!
O que você viu foi o reflexo das escolhas que faço, prefiro ser sorriso, ser leveza, ser afago!

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