sábado, 27 de novembro de 2010

Paradoxo do Nosso Tempo

Por George Carlin

Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e raramente estamos com Deus.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.
Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão aqui para sempre.
Lembre-se dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.
Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame... se ame muito.
Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. 
Por isso, valorize sua familia e as pessoas que estão ao seu lado, sempre!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O amor nunca falha

Semearam a maldade em terra fértil e já se pode ver alguns frutos. A ira e a revolta já estão à vista e a vingança amadurecendo. Como pode nesse plantio florescer a paz?
Não há paz quando a vingança predomina. Não pode haver! Ela é linhagem do ódio e este não sabe florescer concórdia, harmonia. Pra quem quer a alma leve o caminho é outro...
É preciso colher do amor, sofrer as demoras de Deus. Não falo de resignação, falo de fé! É agir no amor. Tão sabiamente, o apóstolo Paulo soube descrever facetas deste sublime agir: tudo tolera, tudo crê, tudo espera e tudo suporta. O Amor nunca falha. E não pode falhar, porque o amor vem de Deus e tudo do pai é perfeito. Chamo de agir porque amar é uma ação e não apenas um sentimento. O amor impulsiona, fortalece, uni. É uma opção de vida que requer dedicação e coragem. Viver no amor é sofrer as demoras de Deus. No entanto, a espera paciente daquele que habita sob a sombra do Altíssimo tem como recompensa a justificação. Quem anda pelos caminhos da justiça será contemplado pela misericórdia do alto, pela graça do amor. Amor capaz de secar as lágrimas, aliviar as dores e consolar o coração aflito, ação de Deus em nossas vidas. É a experiência da paz de espírito em meio a tribulação. É a experiência de viver a alegria na certeza de que os olhos de Deus estão sobre si. Quem pode se perder se seu caminho é iluminado pelos olhos de Deus? Jesus venceu as dores do mundo e nos trouxe a esperança pelo amor. Foi amor que saiu de suas feridas, de sua dor e de seu sangue derramado. Me pergunto, e se Deus resolvesse se vingar daqueles que maltrataram seu filho, o que seria de nós? Que esperança habitaria em nossas vidas?
A vingança não traz paz, não eleva o espírito, não santifica, não alivia o coração. Alimenta o ódio! Só e somente! Mas a justiça trazida do céu, é bálsamo para a alma, alegria para o coração, é paz para a vida, mente e coração. Quem deposita em Deus a sua confiança e nele espera a justificação, compreende a voz do salmista e toma para si suas palavras: Já sei que o Senhor reservou a vitória para seu ungido, e o ouviu do alto de seu santuário pelo poder de seu braço vencedor.
Que assim seja!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Espetacularmente linda

Ele me mostrou a lua! Duas surpresas: ele "vê" a lua e ela estava espetacularmente linda.
Cheia, imperiosa e passiva, ela parecia imune às nossas inquietações. Maravilhosamente linda...
De uma beleza fascinante e sedutora, afastou por uns segundos as imagens de um dia tão sombrio.
Naquela noite, aqui embaixo tudo estava tão feio, tão escuro e sem paz. Os frutos do ódio lampejavam nas mentes e corações. As palavras sem vida maculavam os lábios que deveriam ser puros. Nada de sons, nada de cor, nada de luz. Só restos de uma solidão cruel alimentados pelo egoísmo nocivo e vergonhoso. Mas, a vergonha é para quem tem vergonha... A lua, por exemplo, não demonstrava nenhum sinal de intimidação, estava totalmente desavergonhada. Se mostrava! E não se intimidava com a ausência de verdade e lucidez.
Não fosse esse seu despojar, eu continuaria achando que nada salvaria aquele dia. Porém, eu fui surpreendida... Ele me mostrou a lua e ela estava espetacularmente linda.