sexta-feira, 25 de junho de 2010

Congresso, linguagem e interação

Seguramente, esse congresso foi uma das melhores experiências da minha vida. Foi, verdadeiramente, uma viagem de linguagem e interação. De trocas, de partilha, de experiência emocional, acadêmica e intimamente pessoal.

É impar a oportunidade de interagir com os autores dos livros que uso e discutir com eles os rumos da minha pesquisa, vê-los apresentar os seus trabalhos e problematizar as próprias práticas. Palestras e conferências ampliaram os meus horizontes acadêmicos e me mostraram que sei mais do que pensava e menos do que preciso. Preciso estudar mais, aprender mais, ler mais, conhecer mais. Mais! É isso que eu quero!

As cidades que visitei foram um verdadeiro presente. Verdadeiras paisagens para se registrar e serem registradas, quadros que emolduraram o meu rosto de felicidade. O charme da cidade de Garibaldi, a receptividade de São Leopoldo, o comércio de Novo Hamburgo e a avassaladoramente encantadora cidade de Gramado estão registradas nas imagens do meu computador e da minha mente.

Contudo, a perfeição dessa viagem não esteve nem com a organização do evento nem na beleza e peculiaridade das cidades. A viagem foi significativamente perfeita devido as pessoas maravilhosas que dividiram e compartilharam comigo cada momento. Nenhum daqueles autores ou conferencistas puderam (nem saberiam) me ensinar mais do que “essas meninas”.

Ensinar como ser melhor do que um dia eu já pensei ser, em como ser melhor pra mim e para outros. Me ensinaram, em linguagem e interação, o que significa generosidade, coragem e partilha. Elas mereciam ser vistas e ouvidas para que outros pudessem saber o quanto melhor cada um de nós pode ser. Eu tinha no meu coração que seria uma viagem divina. O que não imaginava é que Deus iria me mandar anjos... Anjos sem asas, mas capazes de me fazer voar. Obrigada essas meninas. Muito obrigada.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Inconscientemente rápida

Não me tente. Não provoque. Você não é tão seguro assim.
Quando quero, adoro provocação e provoco...
Você não está tão longe quanto pensa, embora não esteja tão perto.
Mas na distância suficiente pra me acalmar e tocar.
Pode fazer o caminho.
Você pode me alcançar.
É que eu sou inconscientemente rápida, teria que ser hábil o bastante, mas parece que você não é...
Mas se tentar estender o braço, talvez me alcance.
Inconscientemente rápida, pode ser que não consiga.
Se se convencer primeiro, tudo fica mais fácil. Você me alcança.
E se eu me convencer antes, você estará perdido.
Inconscientemente rápida, vou alcançar você.
E o tal caminho vai ter que fazer comigo.
Não provoque.
Eu sou inconscientemente rápida, posso aceitar a provocação.
E posso pisar as flores que deixei pelo caminho.
As novas flores que plantei e as sementes que não ainda não floriram.
Nessa distância elas permanecem perfumadas.
Não quero pisar nas flores nem que você se perca no caminho.
Rapidamente inconsciente, queria ver se de perto elas perfumam mais.
É que eu sou inconscientemente rápida...