quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Pergunto


Me diz o que é que eu faço com o que ouço e com o que penso, com o que sinto e experimento?
O que falar pra quem não pode ouvir ou mostrar pra quem não pode ver?
Por que ir se não posso ficar, ou sonhar se não vai realizar?
Pra quem anda em círculos, onde se pode chegar?
Conquistado, dado, trocado ou alugado?
Neste lugar que estou, eu posso ficar?
O que falo é sincero, mas o que sinto é incerto.
Indefinido ou concreto, o que me é permitido sentir tem perímetro.
Linha, fronteira, contorno, demarcação.
Tem direção e sentido, não posso aventurar a contramão.
E o que eu posso fazer eu já faço!
Ouço, penso, sinto e experimento.
Não sei pra onde estou indo nem a que estrada vai levar.
Mas uma coisa é certa: parada eu vou ficar.