Como o rio que chega ao limite de suas margens e transborda o seu excesso sem se esvaziar ou como nuvem que deposita sobre a terra o seu peso, sem culpa de favorecer a colheita ou o transtorno, também quero transbordar. Transbordar suavemente, em parte ou no todo, transbordar em palavras.
sábado, 2 de janeiro de 2010
Cores
As cores às vezes somem. Não se apagam, apenas parece que está meio sombrio.
Fica difícil seguir.
Meio sem graça.
Comparo-me a alguém que luta para não afogar-se. Imagino o esforço para se chegar ao alto e tomar fôlego o suficiente para continuar até o socorro chegar.
Só queria que alguém me tirasse desse lugar...
Queria ser outro, sendo eu mesma...
Sinto-me só. Sob vozes e olhares.
Minhas vozes e meu próprio olhar parecem os mais pesados.
E eu procuro as cores...
Medo, angústia, insegurança...
Procuro cores...
Dúvida, ansiedade, desânimo...
Quero cores!
Sinto-me só. Mas não estou! Eu nunca estou só!
Quando eu já não posso ver e qualquer sentimento umedece os olhos, a infinita misericórdia me socorre! Recebo ajuda e me mantenho sob as águas. Sempre há uma mão que me ajuda a descobrir como saí de onde estou.
Palavras me guiam! Palavras doadas, carregadas de generosidade, carinho e escuta. Palavras que recordam o caminho, a verdade e a vida.
Vida! Vida que quer saber o caminho da verdade. Já sabendo o que é a verdade. Contudo, como fazer o caminho? Não sei qual o melhor caminho, mas é preciso seguir por ele...
E essas palavras me ajudam. Elas iluminam o caminho quando fica meio escuro.
E eu, abençoada que sou, recebo luzes que me salvam do escuro.
Mais! Tenho aprendido algumas coisas, coisas que preciso lembrar mais vezes: que fé acende luzes, que eu nunca estou só e que as cores sempre voltam.
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