segunda-feira, 7 de maio de 2012

Não quero estar bem, definitivamente!


Em outras palavras, ela tentou me convencer que o amor não existe. E eu que estava repleta de perguntas sobre como ser um sendo dois, paralisei com um “felizes para sempre” sem amor. Ela só sabia de como era boa e segura a companhia dele, e o quão certa estava quando decidiu dizer sim, ele lhe seria bom para sempre... A paisagem da sua janela é linda, conseguiu um emprego promissor e ele a respeita e a apoia. 
Ela conhecia tudo sobre estar bem, mas não conseguia me explicar como é ser feliz e fazer feliz. Não sabia nada sobre fascínio, delírio e carícias, sobre medos e consolos, sobre lágrimas e pazes. Ela me parecia tão inteligente e aceitou tão pouco. Quis, apenas, estar bem. 
Descobri que eu não quero estar bem, definitivamente! Quero mesmo é que minhas pernas, mãos e sentidos tremam-se todos. Que minhas palavras se percam e minha razão também. Que as batidas do meu coração impulsionem outro, e que, mesmo separados, batam no mesmo ritmo. Quero perder o controle, bater a porta e sair correndo pra pedir desculpas quando o arrependimento chegar. Porque eu não vou estar bem, visto que estarei amando! 
Ela não conheceu o amor, e não está disposta a isso. Porque ela quer ter certeza que tudo está bem, o amor pede mais que isso... Precisa de um pouco de insegurança, de dengo, de loucura, de exagero e de simplicidade. Mais de si, menos de mim. É preciso abdicar um pouco do bem estar para estar junto e amando ao mesmo tempo.
Que esse mal me encontre!