Eu tenho descoberto coisas
fascinantes sobre querer bem. Sobre generosidade e afeto. Recebendo carinho que
não cabe num abraço e palavras que não querem troco, só verdade. E,
estranhamente (fascinante!) é verdade. Porque o que é sincero toca o coração,
enternece a alma, faz rir. E eu posso sentir isso!
Não há obrigações, interesses, dissimulação! Há um gostar gratuito, nutrido e alimentado aos poucos e sem reservas. Há reciprocidade! E eu que me protejo tão bem do desconhecido, estou rendida porque me sinto invadida pela franqueza e sutileza de sorrisos e palavras.
E é por sentir, e ter me sentido
bem com isso, que posso transbordar nas palavras doando-as e tomando-as
emprestado: “Significa ‘criar laços’”. “Criar laços”, sábia raposa! Ela sabia
do que falava, soube bem definir cativar, definir a origem do afeto.
Embora eu desconheça o instante em que
se formam os laços, dá para saber quando eles já existem! É só ver quando as histórias
são compartilhadas sem medo dos segredos; quando parte dessas histórias são da própria
vida; quando se é capaz de provocar sorrisos sem esforço pelo simples prazer de
compartilhar.
Compartilhar... Esse é verbo que
vem junto com afeto! Música, piada, história, experiência, aspirações,
dificuldades, cuidados... Tudo se pode compartilhar quando se quer bem. É uma
excelente maneira de ficar junto, mesmo que não se esteja perto. Ah! Não posso
deixar passar mais um aprendizado: é possível estar perto! Ainda que sobrem quilômetros e faltem sons, tato e perfume.
E não são os laços para isso, para deixar
perto? Os laços aproximam as partes, mas são diferentes dos nós! Estes sufocam,
apertam, prendem. Os nós por apertarem, afastam as pessoas. Laços enfeitam, unem,
envolvem.
Aprendi a essência do afeto de
maneira fascinante! Que me envolvam os laços do querer bem, que me enfeitem
coração!
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