domingo, 9 de setembro de 2012

Equilibrando pratos


O medo não é de Deus! Contudo, ainda que sendo eu d’Ele, a natureza humana teima em me tomar. Percebo em minha vida os olhos atentos do meu senhor sobre mim. No entanto, em meio a este silêncio, falha a fé, angustia-me o coração e minha mente se põe confusa.
Não ouço música, ruído ou barulho. Nada! Contudo, tenho a sensação que serei surpreendida como de assalto, sorrateiramente! E isso me assusta...
Serei eu surpreendida pelo milagre que anseio, ou pelo mal que temo? Não sei quanto tempo mais equilibrarei pratos sobre varetas com a mesma eficiência que um artista circense. Nem quanto tempo resistirão meus sorrisos frente a olhares esmorecidos. É bem verdade que eu nem sabia o quanto podia ser artista... Acabei por descobrir mais de mim quando a maioria não sabia nem quem era. Sou grata à vida por isso, pelas pessoas e por tanto mais!
Estou presa a uma história que não é minha, mas que me move o interior. Não é minha, mas estou nela. Tomei-a por opção! Parece contraditório, mas isso é liberdade e eu sou livre! Posso decidir a que me entregar.
Porém, estou com medo... Medo do tempo, da ressaca da vida, do sofrimento alheio, da verdade. E se a verdade não estiver comigo? Se for vã minha obstinação? Que minhas falhas não ceguem, nem afastem de mim os olhos do supremo Deus. Que sobre tudo e todas as coisas, permaneça, em mim, sua paz.

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