quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Desisti de ter razão


O que eu fiz foi desistir de ter razão, de ser a vítima e implorar remorso. Deixei cair pela janela os pesos do meu coração. Exorcizei memórias de sofrimento para ganhar espaço no meu interior. Ainda existem farpas que me alfinetam, mas eu sou tão resistente à dor que isso pode ser superado. Para ser sincera, hoje eu já nem sei se é dor... É mais saudade... Talvez, aquele pedaço do amor que fica. É como a sua melhor foto que perderam, ou que você deixou cair no caminho de volta, está perdida, pronto e acabou-se! O que se há de fazer? Não há lamento, ira, palavra ou culpa que a traga de volta. Sofrer não muda os fatos! Mesmo porque eu não tenho vocação para sofrimento prolongado. Vocação eu tenho é para sorrir! Sofrimento enrijece a face, não dá pra sorrir amarrado (não eu!). A essa altura, que me importa se eu estava certa? Não parou de ter sol ou chuva, não fez o vento mudar de direção, nem você. Desistindo da razão, optei por mim! Há mais flores no meu jardim.

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