terça-feira, 17 de maio de 2011

Chega!

Chega, que eu estou largada, com a cabeça embaralhada e o coração na mão batendo compassado. Já está no tempo dele explodir no peito, soltar o freio e descer na contramão. A saudade já está vencida e a tristeza suprimida. Chega... Mas, chega com uma porção de cheiro, tempero e medo pra dar sabor. Minha mão está ficando fria, traz a tua aquecida junto com o teu coração.
Não mudei muito. Um pouco mais de perto e vai perceber que estou do mesmo jeito de sempre, só que de jeito diferente. Deve ser porque andei crescendo, crescendo por dentro e por fora, sem ser o bastante. Ainda me faltam aprender as palavras que não escutei e as histórias que me esconderam. Falta saber de sabores, temperaturas e cores. Falta aprender a me perder no caminho, a dançar na chuva, a dizer sim. Quero até andar de olhos fechados, mas só se você me der a mão.
Chega. Para eu deixar de ser largada para ser chegada. Ser a tua chegada, tua espera ao alcance, conquista do teu caminho, vitória do teu querer.
Chega...

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