Em outras palavras, ela tentou me convencer que o amor não
existe. E eu que estava repleta de perguntas sobre como ser um sendo dois,
paralisei com um “felizes para sempre” sem amor. Ela só sabia de como era boa e
segura a companhia dele, e o quão certa estava quando decidiu dizer sim, ele lhe seria bom para sempre... A paisagem
da sua janela é linda, conseguiu um emprego promissor e ele a respeita e a apoia.
Ela conhecia tudo sobre estar bem, mas não conseguia me explicar como é
ser feliz e fazer feliz. Não sabia nada sobre fascínio, delírio e carícias,
sobre medos e consolos, sobre lágrimas e pazes. Ela me parecia tão inteligente
e aceitou tão pouco. Quis, apenas, estar bem.
Descobri que eu não quero estar
bem, definitivamente! Quero mesmo é que minhas pernas, mãos e sentidos tremam-se
todos. Que minhas palavras se percam e minha razão também. Que as batidas do
meu coração impulsionem outro, e que, mesmo separados, batam no mesmo ritmo. Quero
perder o controle, bater a porta e sair correndo pra pedir desculpas quando o
arrependimento chegar. Porque eu não vou estar bem, visto que estarei amando!
Ela
não conheceu o amor, e não está disposta a isso. Porque ela quer ter certeza
que tudo está bem, o amor pede mais que isso... Precisa de um pouco de
insegurança, de dengo, de loucura, de exagero e de simplicidade. Mais de si,
menos de mim. É preciso abdicar um pouco do bem estar para estar junto e amando
ao mesmo tempo.
Que esse mal me encontre!
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