Como o rio que chega ao limite de suas margens e transborda o seu excesso sem se esvaziar ou como nuvem que deposita sobre a terra o seu peso, sem culpa de favorecer a colheita ou o transtorno, também quero transbordar. Transbordar suavemente, em parte ou no todo, transbordar em palavras.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Pergunto
Me diz o que é que eu faço com o que ouço e com o que penso, com o que sinto e experimento?
O que falar pra quem não pode ouvir ou mostrar pra quem não pode ver?
Por que ir se não posso ficar, ou sonhar se não vai realizar?
Pra quem anda em círculos, onde se pode chegar?
Conquistado, dado, trocado ou alugado?
Neste lugar que estou, eu posso ficar?
O que falo é sincero, mas o que sinto é incerto.
Indefinido ou concreto, o que me é permitido sentir tem perímetro.
Linha, fronteira, contorno, demarcação.
Tem direção e sentido, não posso aventurar a contramão.
E o que eu posso fazer eu já faço!
Ouço, penso, sinto e experimento.
Não sei pra onde estou indo nem a que estrada vai levar.
Mas uma coisa é certa: parada eu vou ficar.
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